O Joaquim de Vilalva, muito instado pelo filho e pelo padre Osório, o de Caldelas, prometia fazer o que a sua companheira fizesse; mas dizia-lhe a ela em particular:

— Tu aguenta-te, Maria; nunca digas que sim, ouviste?

E ela:

— Deixa-me cá, homem! Vêm barrados. Credo!

A tia Maria era muito rezadeira, erguia-se de noite para não pender a sua missinha no Verão ao romper do dia, e garganteava com uma melopeia fanhosa a via-sacra na Quaresma, à volta da igreja; presenteava os santos dos altares com os mimos da sua lavoura, que se leiloavam ao domingo no adro, dava cama e mesa untuosa aos missionários, confessava-se todos os meses, e sentia pelas suas vizinhas menos beatas o inefável prazer de afirmar que haviam de cair vestidas e calçadas no Inferno. O filho penetrou-se de uma ideia trivial a respeito de sua mãe: — Que os sentimentos religiosos a Levariam a dar o consentimento, se Marta cometesse um desses pecados que se remedeiam com o matrimónio. O padre Osório dizia-lhe que a intenção era honesta, mas o expediente mau. Não lhe citou teólogos