o pai a acomodar a bulha, ou se havia de cair na varanda a rir-se. Ela sentia-se envergonhada do espectáculo que exibia a calça esfarrapada; mas não havia pudor que resistisse àquilo. O pedreiro sabia que o cão lhe chegara um pouco à calça; mas, no calor da luta, não sentira esfriar-se-lhe a pele descoberta, nem se lembrou que andava sem ceroulas. Depois, como sentisse uma frescura extraordinária na cútis, exposta ao contacto da atmosfera, levou a mão conscienciosamente ao sítio, e achou em si aquele espécime obsoleto do Adão primitivamente inocente. No entanto, Marta, não podendo já consigo, entalada de riso, fugira da varanda e atirara-se de bruços sobre a cama, a rebolar-se, a espernear como se tivesse uma cólica. O estudante retirou-se assobiando à matilha ainda refilada às nádegas do homem. O Simeão coçava-se com as dez unhas e dizia velhacamente comovido:

— Meta-se aí na corte da égua que eu vou-lhe buscar umas calças, seu Zeferino, ou dá-se-lhe aí quatro pontos p’ra remediar. Dê cá as calças, e não se aflija...