aziumados de vinhaça, e dizia garotices de lacaio às raparigas que passavam medrosas e o saudavam: — Guarde Deus V. Sª senhor fidalgo! — Tenha V. Sª muito boas tardes, senhor morgado! — E ele, almofaçando as barbas conspurcadas de vómito: — Li brejeira, deixa lá ver o patriotismo; que tal é a anca? Não respondes, catraia? Olha como aquela rebola os quadris, o grande coldre! — As cachopas não respondiam; safavam-se com um grande medo, porque eram suas caseiras; mas comentavam: — Que levasse o Diabo o piteireiro do fidalgo! — que a fidalga fizera bem em se pisgar com o doutor dos Pombais. — Quer não — contrariava uma lavradeira idosa — foi má mulher que deixou assim os filhos, cinco crianças! uma desgraça! Nem as cadelas faziam isso. Os mais velhos já se emborracham, e as meninas estão quase mulheres e ainda não foram ao confesso nem sabem a doutrina. Que uma delas, a Teresinha, já se enfeitava para o estudante das Quintãs que andava por lá feito caçador, e que o morgadinho, o Sr. Heitor, namorava a filha do José Alho, e até se dizia que lhe falara em casamento. Vede