a carne
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alegríssima; escovava os dentes cuidadosamente, mirava-os com desvanecimento ao espelho, chegando muito a luz à boca, arregaçando muito os beiços para ver as gengivas; refrescava a epiderme do busto com uma larga ablução fria, umedecia, perfumava o cabelo com água de violetas, penteava-os com esmero, substituía a camisola de dormir por uma camisa finíssima de cambraia crivada; apertava-se, vestia-se com garridice; limava, espontava, alisava, coloria, brunia as unhas.

E tudo isso pensando em Barbosa, antegostando a delícia do momento de vê-lo, de ouvir-lhe a voz em um bom dia afetuosíssimo, jubiloso; de apertar-lhe a mão, de sentir-lhe o contato quente.

Barbosa já não era moço, pouco dormia, poucas horas de sono lhe bastavam.