a carne
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no dia seguinte para Santos, a ver se conseguia salvar alguma coisa do naufrágio. Logo depois do almoço conversou ele por largo espaço com o pai, discutiu, fez contas, ajustou condições, dispôs as bases da negociação e, montado a cavalo, foi à fazenda do vizinho mais próximo, major Silva com quem era necessário entender-se, porque também era interessado no negócio.

Ao dizer-lhe adeus Barbosa, Lenita sentiu-se fazer em torno dela um vácuo imenso, certa muito embora de que a ausência era só até à tarde.

A idéia de outra ausência, da ausência futura, da ida para Santos torturava-a.

Como lenitivo à sua mágoa, quis ela própria fazer a mala de Barbosa, pretextando que não ficaria bom o arranjo pelas mãos descuidosas de uma escrava.