a carne
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Em curvar-se, de si própria é que ela tinha vergonha, uma vez cônscia de estar curvada, pouco lhe fazia que o mundo inteiro a visse nessa posição.

Amando, mas sem estar de todo vencida, lutaria, defender-se-ia até à morte contra o que desejava, isso em uma alcova, em um recinto vedado a todos os olhos; entregue, derrotada perante o seu foro íntimo, avaliava em nada o escândalo, desprezava a opinião, era capaz de submeter-se ao vencedor em público, no meio de uma praça, como as prostitutas de Hyde-Park.

Amava a Barbosa confessara-o a si própria: era capaz de lho dizer a ele, era capaz de o proclamar à face do mundo.

E indignava-se, achava-o tímido, queria que ele a adivinhasse, que lhe retribuísse o amor, que sentisse por ela o