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a carne

velha de carro, com uma roda só, desconjuntada, meio podre.

Em um momento amarraram o misero sobre essa mesa de carro, apesar da resistencia louca que ele então procurou fazer, a pontapés, a coices, a dentadas.

Trouxeram sapé, aos feixes, encheram com ele o vão que ficava por baixo da mesa.

— Kerosene! gritou uma voz, tragam kerosene!

Um moleque correu ao engenho, e de lá voltou com uma lata quasi cheia.

Um preto tomou-lh’a, subiu à mesa do carro, começou a despejar petroleo sobre Joaquim Cambinda: o líquido corria em fio farto, claro, transparente, com reflexos azulados, resaltava do peito pilloso do negro, da sua calva lustrosa, embebia-se-lhe nas roupas immundas,