a carne
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se, paramenta-se um homem, atavia-se, orna-se de flores symbolicas uma mulher: e lá vão ambos à igreja, em pompa solemne, com grande comitiva: para que? Para annunciar em publico, em presença de quem quizer ver e ouvir, a repiques de sino e som de trompa, que elle quer copular com ella, que ella quer copular com elle, que não ha quem se opponha, que os parentes levam muito a bem... Bonito! E a multidão de badauds, velhos e moços, machos e femeas, de olhos encarquilhados e dentes à mostra em riso alvar, dando-se cotovelladas maldosas, segredando obscenidades! Seria ridiculo, si não fosse chato, sujo.

O amor é filho da necessidade tyranica, fatal, que tem todo o organismo de se reproduzir, de pagar a divida do antepassado segundo a formula brahma-