336
a carne
Barbosa arquejante tinha impetos de levantar-se, de tomar uma pistola, de arrebentar o craneo.
Pouco a pouco operou-se uma reacção.
Sentiu Barbosa que menos agitado lhe circulava o sangue, que um calor doce se lhe expandia pelos membros, que o desejo physico se despertava, dominante, imperativo.
Recobrou-se de vez da passageira fraqueza, achou-se forte, potente, varão.
Com o impeto irresistível do macho em cio, mais ainda, do homem que se quer desforrar de uma debilidade humilhosa, retomou o papel de atacante, estreitou a moça nos braços, afundou a cabeça na onda sedosa e perfumada de seus cabelos que se tinham soltado...
— Lenita!
— Barbosa!