Começavam por uma dor surda de cabeça. Pouco a pouco accentuava-se uma displicencia inexplicavel em tudo e para tudo; as forças abatiam-se, prostravam-se; o rosto ficava pllido, dilatava-se a pupila do olho direito.
Penoso qualquer movimento, impossivel qualquer esforço: Barbosa tinha de procurar o leito forçosamente, fatalmente. Um suor gelido humedecia-lhe, banhava-lhe a fronte. Do lado direito a arteria temporal saltava tumefata, engurgitada: o globo do olho contraia-se, minguava e, como se estivesse contundido, pisado, era sensivel à mínima pressão. No alto da cabeça havia um ponto doloso, a sensação como de um prego que ahi estivesse fincado. Cada pulsação, cada jacto de sangue nas arterias era uma martellada que parecia fazer estalar o craneo e afundar mais o prégo.