a carne
79
O administrador abriu o tronco, o negro ergueu-se bafo, trêmulo, miserável.
Sob a impressão do medo como que se lhe dissolviam as feições.
Caiu de joelhos, com as mãos postas, com os dedos nodosos enclavinhados.
Era a última expressão do rebaixamento humano, da covardia animal.
Infundia dó e nojo.
—Pelo amor de Deus, seu Mané Bento, nunca mais eu fujo!
E chorava desesperadamente.
—Não faça barulho, rapaz, respondeu o administrador. São ordens do senhor, hão de ser cumpridas.
—Vá chamar o sinhô!
—O senhor está deitado, não vem, não pode vir cá. Deixe-se de história, arreie as calças e deite-se.