toda a sua acção politica e governativa, tinha sido regulada por esses dois grandes principios, e tauto assim, que, ainda na vespera, mandara arrazar um jornal que andava a arreliar a bela sociedade nova, com umas piadinhas que lhe estragavam a digestão.
Um outro grilo interrompeu o orador, excla- mando:
― Sempre a politica da atração! Sempre a politica de transigencias! O que se devia ter feito, não era destruir o jornal, porque isso representa um atentado à liberdade de imprensa: era escangalhar as costas dos redactores, porque isso é que seria um descanso para o regimen e um alivio para todos. O que eu não admito é que se violem as leis que nós fizemos! Entendo que se devem exterminar os reacionarios, em nome da liberdade, mas que em nome da propriedade devemos respeitar o material tipográfico... para nos apoderarmos d'êle, como simples detentores.
Um grilo velho intervindo:
— Dá-me licença? isso é uma imbecilidade. Nas soluções da politica positiva, propriedade e detenção, são uma e a mesma cousa...
— O senhor não póde interromper-me! — berra o outro: proibo-o em nome da liberdade.
— Da liberdade ?!...
— Sim, para mim a liberdade é a ordem, e a ordem... é o regimento.
O velho quer falar. Levanta-se tumulto. Vozes gritam incitando-o a que fale, outras clamam por ordem.