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Maria Julia
 

 

Tinham jantado no Tavares. Um jantar alegre, regado de champagne.

Os ditos picarescos cruzavam-se com as gargalhadas francas e retinidas, como só a mocidade as sabe soltar.

A Maria Julia estava com um espirito diabolico, como asseguravam os tres rapazes que a acompanhavam.

Arthur, o amante, já com uma pontinha de ciume, em presença da extraordinaria alegria da rapariga, pensava no presente que teria de lhe dar, não fosse, caprichosa como era, substituil-o por algum dos amigos.

Não que ela, sem causa aparente, largava de repente os amantes sem lhes dar satisfações. E se êles se faziam autoritarios, apanhavam com a porta na cara e acabava-se tudo.

Pálida, cabelos d'um lonro cendrado, d'uma excessiva elegancia, se não era admiravelmente bela, tinha, em compensação, um tal encanto de sedução que não havia meio de resistir-lhe.