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VIAGENS MARAVILHOSAS

teza de poder fazer outro ou outros como esse ? Compromette-se a isso?

Cypriano hesitou, porque sabia quantas vezes as experiencias d'este genero são seguidas de mau exito.

— Ora ahi está! continuou John Watkins. O senhor não se compromette !... Portanto, até novo ensaio feliz, o seu diamante conserva um valor enorme !... E sendo assim para que se ha de ir dizer, ao menos por emquanto, que é uma pedra artificial ?

— Já lhe disse, respondeu Cypriano, que não devo esconder um segredo scientifico de tanta importancia!

— Sim... sim... já sei, replicou John Watkins, fazendo signal ao joven para se calar, como se alguem os podesse estar a ouvir. Sim... sim... fallaremos d'isso outra occasião! Não receie o senhor de Pantalacci e dos outros! Nada dirão da sua descoberta, porque o interesse d'elles é calarem-se. Acredite no que eu lhe digo... espere!... e sobretudo lembre se que tanto minha filha como eu ficámos muito contentes com a sua sorte... Sim!... muito contentes!... É verdade?... não poderia tornar a ver esse famoso diamante?... Hontem mal tive tempo de o examinar!... Dá-me o senhor licença...

— Já o não tenho! respondeu Cypriano.

— Remetteu-o para França! exclamou mister Watkins aniquilado com tal pensamento.

— Não... ainda não... Assim em bruto não se podia apreciar a belleza d'elle... Esteja descansado!

— Mas então a quem o entregou o senhor? Por todos os santos de Inglaterra, a quem foi ?

— Dei-o a lapidar a Jacobus Vandergaart, e não sei para onde elle o levou.

— O quê? Pois o senhor confiou um diamante d'aquelles a