– Estação do Corcovado!
Sinhá, sentando-se a seu lado, indagou curiosamente:
– Vamos ao Corcovado, a esta hora! fazer o quê?
– Almoçar...
– Sozinhas? E o papai?
– Teu pai não almoça hoje em casa.
– Mas ele sabe?
– Há de saber quando eu lhe disser.
– E se ele não gostar?
– Tolinha... vejo que não tenho outro remédio senão ir te dizendo já o que adiava para mais tarde. Não saíste a mim na perspicácia...
Sinhá olhava para a mãe com uma linda expressão de estupidez.
– A razão por que vamos almoçar às Paineiras não pode ser desagradável a teu pai. É esta: está lá em cima, no hotel, o encarregado dos negócios de Inglaterra. Fui-lhe apresentada há dias, rapidamente: convém fazer-me lembrada... Aquele homem pode ser muito útil a teu pai. Aparecendo lá, como por acaso, ele forçosamente virá cumprimentar-nos. Almoçaremos talvez à mesma mesa e terei ensejo de lhe repetir o oferecimento de nossa casa. É uma relação útil. A vida, minha filha, é como uma caixa vazia que os sôfregos e os tolos enchem com