o meu colega Simão da Cunha, que a Câmara em peso guerreava!
Sob o bigode de Argemiro passou a sombra de um sorriso. Adolfo Caldas impregnou de cândida ingenuidade os seus maliciosos olhos castanhos e disse apenas, como a procurar:
– Cunha?...
E depois:
– Ah! o Simão! sim... é desempenado. Veste-se bem.
– Não é águia, afirmou Teles; mas é o que se chama – uma mediocridade operosa – e é, sobretudo, um homem de bem!
– Isso em política não tem valor... comentou o dono da casa. – Mas que faz você aí, padre Assunção, remexendo nas estantes?!
– Estou a ver se encontro algum livro de Chartrier...
– Olha, o catálogo dos livros deve estar naquela gaveta, se acaso o Feliciano já o não deitou ao fogo! Eu já nem sei o que tenho...
– O que você deve procurar é os sermões do Padre Vieira! – disse malignamente Armindo Teles.
– Não preciso; sei-os de cor.
– Impinge-os como seus?
– Impingi-los-ia se os deputados fossem à igreja; mas você sabe, aos outros não... tenho medo que percebam!
Riram-se todos. Teles retrucou: