cartomantes: como pudera aquela adivinhar a existência da inimiga e as suas idéias perigosas? Mas, por que não lhe dera a ponta da meada, por onde ela pudesse desfazer toda a teia? Tinha que esperar uma carta e só depois dela lida e desfeita em cinzas teria de entrar em cena! Entretanto, a outra iria tomando inteira posse do coração de Argemiro, que ela queria só cheio do amor e da saudade da filha!

Era por causa daquele coração que a sua doce Maria lhe aparecera banhada em lágrimas! Havia de lutar até restituí-lo à morta!

O carro entrava agora na larga rua das mangueiras da chácara, quando a baronesa viu o Feliciano a pé, sobraçando um grande embrulho. Ela fez parar o carro e chamou o negro.

– Feliciano! Bote esse embrulho aqui e ajude-me a descer. Quero fazer um pouco de exercício... E, voltando-se para o cocheiro: – Guarde isso no carro até a minha chegada.

O carro partiu; a baronesa disse:

– Feliciano, quero saber toda a verdade: que se passa em casa de minha filha?

O rapaz fingiu-se mais espantado do que estava e balbuciou:

– Nada demais... não, senhora.

– Não é verdade. Estou informada de que d. Alice conversa com o senhor doutor... nega, se és capaz.

– Quem informou a senhora?! – perguntou