glorificadora! Mas os diabos dos porcos, zombando dos caçadores sem cães, deram-nos ao desprezo. Escureceu. Quer dizer: o negrume ainda se fez mais negro. O guia, desnorteado, levava-nos para um lado, para outro, sem achar saída...

Tiritando de frio, rodeados pelo fragor da água e do vento, ali passamos uma noite pavorosa; eu, gemendo com dores nas articulações, Pedrosa febril e impressionado com a idéia do susto que havia de estar curtindo a nossa boa d. Petronilha... Só no outro dia, às dez horas, esfomeados, lanhados e rotos, conseguimos sair da mata. Correu todo o mundo a ver-nos. As famílias choravam. Tinham andado pelas estradas, à noite, com archotes, gritando por nós... Tivemos de passar cabisbaixos e envergonhadíssimos por entre os curiosos... explicar aventuras... imaginárias... E querem vocês saber? Passáramos a noite a pequena distância de um hotel! O barulho da água e do vento abafou os outros rumores que nos denunciariam essa salvação. Foi uma tragédia cômica!

– A evocação não foi das mais felizes para consolar o amigo Pedrosa das suas atribulações! – disse ainda o murcho conselheiro Isaías, levantando-se do seu canto. E depois, para o Argemiro:

– É tempo de irmos prestar as nossas homenagens às senhoras; não lhe parece?