dos olhos: Maria, recostada nos almofadões da cama, muito diáfana, com os cabelos louros espalhados sobre os ombros magros e os olhos engrandecidos, circulados de violeta... À sua cabeceira, em pé, o padre Assunção, lívido, com os olhos velados por uma expressão de agonia dominada. Argemiro, de joelhos ao lado da moribunda; ela aos pés da cama, de mãos postas, olhando, na insensata esperança do milagre!
Na sua alma ecoava ainda a vozinha da filha:
– Jura, Argemirao, que não te tornarás a casar...
– Juro!
– Jura que viverei sempre no teu coração!
– Juro!
A voz dela era como um sopro; a dele, formidável!
Maria morreu sorrindo, com os dedos embaraçados nos cabelos do esposo... Não falara na filha... não olhara para a mãe. Fora toda dele... e ele repelia aquela imagem angelical, para substituí-la pela de uma mercenária! Aquela amaldiçoada.
Como expulsá-la dali?! Não estaria perdendo muito tempo?...
Uma tarde, o Feliciano procurou-a; e ao relatar-lhe a sua espionagem ela mandou-o calar-