– Não posso mais aturar o Feliciano; preciso de alguém que me ajude a suportá-lo. Mas a razão vocês sabem. Quero que minha filha não se crie completamente alheia à sua casa, preciso mesmo da sua companhia, ao menos uma vez por mês.

– E confiarás a nossa Maria a qualquer mulher desconhecida?!

– Glória não deixará os avós senão por um dia... É uma consolação fugitiva, a que eu procuro. Estou velho...

Caldas preveniu:

– Olha que essas madamas trazem anzóis nas saias... Quando menos pensares... estás fisgado... E tu que és bom peixe! É uma raça abominável, a das governantas... Verás amanhã que afluência de francesas velhas à tua porta! Feia ou bonita, a mulher é sempre perigosa. Eu deixar-me-ia ficar sossegadinho nos braços do Feliciano!

– Que lembrança, pôr anúncio! – repetia o padre. – Ainda se não tivesses tua filha...

– Preciso de uma mulher em casa, que não seja boçal como uma criada, mas que não tenha pretensões a outra coisa. Saberei indicar-lhe o seu lugar. Nem quero vê-la, mas sentir-lhe apenas a influência na casa. É a minha primeira condição.

– Acho-a acertada! Como já disse, só vêm para esse ofício mulheres aposentadas, pela