O barão levantou-se, a baronesa olhou para a moça com dura frieza.
Ela ali estava em frente, nem submissa nem altiva, um pouco pálida, pela intuição talvez de vir ao encontro de inimigos.
– Vovó! É d. Alice!
Mas a avó de Glória, repreendendo o entusiasmo da neta com um olhar, cumprimentou a moça de um modo quase imperceptível. O barão precipitou-se, para um aperto de mão e para apanhar a bolsinha e o lenço da mulher, pousados no sofá.
– Meu quarto está pronto? – perguntou a baronesa, como se falasse a uma criada.
– Está... sim, minha senhora... Queira seguir-me...
– Não é preciso... Eu sei o caminho; Glória! Vem tu comigo!
A baronesa abriu a porta do corredor e arrastando a neta saiu, acompanhada pelo marido, que levava as mãos cheias de embrulhos, fingindo-se muito atrapalhado com eles.
Alice sorriu. Certamente a vida é às vezes bem amarga e dura de ganhar!... Que deveria ela esperar?... Fosse o que fosse esperaria até o fim!