pouco a igreja, certa de que Deus a ouviria igualmente do seu humilde canto.

Assunção mudara também; perdera a taciturnidade, interessava-se pouco a pouco pela vida.

Mas a salvação de d. Sofia eram os pequerruchos, muito clarinhos e loiros, tais quais ela sonhara os netos. Um começava a falar, o outro já dizia tudo numa meia língua que era uma música deliciosa. Ela, que tinha o espírito criador e era, sobre todas as coisas, amiga da humanidade, toda se desvelava em aperfeiçoar aqueles dois seres, caídos como mercê divina nos seus braços saudosos.

Já decretara: um seria médico, o outro seria engenheiro; e ambos produziriam obras benéficas e se casariam com bondosas mulheres!

Assunção sorria, animando a fantasia da sua querida velha. A experiência de nada serve aos teimosos: e ela era uma obstinada.

Não fora ele acalentado com as mesmas esperanças enganosas, certezas que ficaram em esboço nos dias da mocidade?

Às vezes ainda, interrompendo o silêncio do serão, d. Sofia suspirava:

– Quando me lembro, meu filho...

– Não se lembre; apague da lembrança o que não lhe for agradável! Assim, sou mais seu...

– És de Deus. Eu sou humana e amo a humanidade acima de tudo o mais! Não sei a que