de aldeia, alma simples em corpo simples, servo humilde dos homens e de Deus.

Por fortuna, ele era muito tolerante: parecia-lhe a ela, às vezes, que ele se vestira de batina por comodidade egoísta, como um meio de fugir às assiduidades dos outros homens e à solicitação das mulheres... Era um meio de viver no mundo fora do mundo, conforme as exigências da sua neurastenia...

Passado um longo período de abatimento e de taciturnidade, Assunção readquiria a calma de outros dias, e foi então que principiou a interessar-se pelas leituras portuguesas, a enriquecer a sua modesta biblioteca de livros clássicos e a jardinar no terreno do morro, para onde abria a porta do seu quarto.

Argemiro enviuvara, e era à influência da sua companhia, muito mais assídua, que d. Sofia atribuía esse milagre.

Agora ele revelava uma preocupação: Glória! A menina era o seu cuidado melhor. Lamentava-se de a ver muito solta, criada sem disciplina, como uma selvagenzinha! A avó era uma santa, dizia ele, mas incompetente para a dirigir.

Depois, a invocação constante que ela fazia da filha morta, chegara a criar em todos de casa como que a ilusão de que de fato ela existia, invisível, vigiando com saudade a sua órfã...

D. Sofia comentava: