Teu sogro, temendo a tua decepção, como se se tratasse de uma terrível catástrofe, escreveu-me ontem o que eu já te disse. A minha surpresa foi quase do tamanho da tua. Somente, eu espero conciliar as coias.
– Ah, eu não... Acabou-se. Volto à ignomínia do Feliciano. Não. O Feliciano roda hoje mesmo a pontapés. Cachorro... Outra... outra... onde encontrá-la? Pensas que há muitas mulheres assim, por aí, à espera das minhas ordens? Tu estás bem convencido do contrário... Eu sei que a consideras muito... Já a tens defendido, à minha vista, quando a acusam. Por mim, declaro-te que acabei de conhecê-la nesta ausência... Por acaso, no dia da partida, juntei alguns livros avulsos pelas mesas e meti-os na mala. Em uma das minhas noites de insônia, no hotel, abri um desses livros, e verifiquei com espanto que ele pertencia a d. Alice. Lá estava o seu nome, por sinal com uma letra bem bonita... Era um livro inglês de poesias. A minha governanta lê versos; e de mais a mais em inglês! Folheei o livro com alguma curiosidade... Havia versos sublinhados, notas feitas à margem... Sabes que do meu exame de inglês não me ficou patavina... o livro não me poderia divertir; entretanto, não sei porque, era o único que me interessava! Comprei um dicionário e pude mais ou menos penetrar um pouco no mistério... Compreendes que isso