este instante. Ela é deliciosa!” E aspirava num deleite o aroma que vinha dela, aquele cheiro de cidrilha, de malva, ou flor de fruta e que constituía já uma das suas necessidades.

Alice corava intensamente. Não atinava com o erro!

– Não acho... – confessou por fim.

– Entretanto, ele não é pequeno...

Alice levantou com espanto os olhos para Argemiro; ele fixou-os com ternura. Estremeceram ambos.

Ela tornou a baixar a vista para o caderno. Letras e cifras dançavam estonteadoramente. Argemiro percebeu-lhe a comoção. Bem dissera a sogra! E com alegria:

– Quer que lhe aponte o engano?

– Se faz favor...

– Está aqui!

Argemiro apontou para a verba que representava o ordenado da moça, apressando-se em continuar:

– A senhora reduziu esta quantia...

– Foi o que nós combinamos!...

– Combinamos o dobro.

– Afirmo-lhe que não.

– Devo-lhe muito...

– Não me deve nada.

– Tê-la-ei ofendido?

– Não...

Estava ele outra vez encalhado. Nem para trás