na casa do miserável, que enxugaram o pranto e mataram a fome da indigência, são abençoados por Deus e unidos em nome dEle!... Meus filhos, eu os vejo casados lá no futuro!
— Oh!... Eis aí outra vez o delírio!... disse a velha, vendo a exaltação e o semblante afogueado do enfermo.
— Não, minha mãe, continuou ele; não! Não é delírio... Pois quê!... Não pode o Eterno abençoar a virtude pela minha boca?... Oh! Meus meninos! Deus paga sempre a esmola que se dá ao pobre!... Ainda uma vez... lá no futuro... vós o sentireis.
Nós estávamos espantados: o rosto do ancião se havia tornado rubro, seus olhos flamejantes... Seus lábios tremiam convulsivamente, sua mão rugosa tinha três vezes nos abençoado.
Escutando suas palavras, eu acreditei que estávamos ouvindo uma profecia infalivelmente realizável, pronunciada por um inspirado do Senhor.
Não parou aí a nossa admiração. O doente, cujas forças pareciam haver reaparecido subitamente, apoiando-se sobre um dos cotovelos, abriu a gaveta de uma mesa que estava