de rosas; tudo mais era por este teor e forma. Este amor já estava um pouco velho, certamente, tinha três meses de idade. Um sábado mandei-lhe prevenir que faltaria à partida; mas tendo terminado cedo meus trabalhos, não pude resistir ao desejo de vê-la e fui à reunião; eram onze horas da noite quando entrei na sala, procurei-a com os olhos e certo moço, com quem me dava, que me entendeu, apontou para um gabinete vizinho. Voei para ele.

Ela estava sentada junto de um mancebo e com as costas voltadas para a porta; tomavam sorvetes. Cheguei-me de manso:conversavam os dois, sem vergonha nenhuma, em seus amores!

Fiquei espantado e tanto mais que, pelo que ouvi, eles já se correspondiam há muito tempo; mas o meu espanto se tornou em fúria quando ouvi o machacaz falar no meu nome, fingindo-se zeloso, e receber em resposta as seguintes palavras: — Augustozinho?... Lamente-o antes, coitado! É um pobre menino com quem me divirto nas horas vagas! ... Soltei um surdo gemido; a traidora olhou para mim e, voltando-se depois para o seu querido, disse com o maior sangue frio: — Ora, aí tem! Perdi por sua causa este divertimento.