olhos, viu que a boa hóspeda estava rindo-se maliciosamente.

— Sabe de que estou rindo?...disse ela.

— Certamente que não o adivinho.

— Pois estava neste momento lembrando-me de uma tradição muito antiga, seguramente fabulosa, mas bem apropositada dessa fonte, e que tem muita relação com a história dos seus amores e com o copo d’água que acaba de beber.

— S.S.a põe em tributo a minha curiosidade...

— Eu o satisfaço com todo o prazer.

A sra. d. Ana principiou:

AS LÁGRIMAS DE AMOR

— Eu lhe vou contar a história das lágrimas de amor, tal qual a ouvi à minha avó, que em pequena a aprendeu de um velho gentio que nesta ilha habitava.

Era no tempo em que ainda os portugueses não haviam sido por uma tempestade empurrados para a terra de Santa Cruz. Esta pequena ilha abundava de belas aves e em derredor pescava-se excelente peixe. Uma jovem tamoia, cujo rosto moreno parecia tostado pelo fogo em que ardia-lhe o coração, uma jovem tamoia