os olhos e sentiu que a ventura lhe inundava o coração.
O mesmo por lá nos sucedeu, disse Filipe, tornando a palavra; estivemos todos carrancudos e, seja dito em amor da verdade, Augusto, mais do que nenhum outro, gostou de nosso trato e da nossa companhia; realmente foi ele o que mostrou sofrer maiores saudades.
— É verdade, sr. Augusto? perguntou a boa hóspeda.
— Minha senhora, a visita que vim ter o gosto de fazer é a melhor resposta que lhe posso dar.
D. Carolina tinha os olhos em um livro de música, mas seus ouvidos e sua atenção pendiam dos lábios de Augusto: ouvindo as últimas palavras do estudante, ela se sorriu brandamente.
— De que estás rindo, Carolina? perguntou Filipe.
— De um engraçado pedacinho da cavatina do Fígaro no Barbeiro de Sevilha.
Então ele examinou o livro e viu que havia mentido, porque o que tinha diante de seus olhos era uma coleção de modinhas de Laforge.