bico ponteagudo;

E cai co as asas encolhidas
E as garras estendidas,
Fendendo, abrindo o ar num silvo agudo.

Rápida flecha em direitura á meta,
Ei-la que abala, corre e se arremessa,
Desaba sobre a presa e já lhe espeta,
Lhe finca e crava as garras na cabeça.

Depois, tinta de sangue e olhos em brasa,
Erguia a presa, desfraldando a asa,
Ia poisa-la sôbre as altas penhas;
E, ébria duma divina crueldade,
Atirava o seu canto á Imensidade
Do cimo das montanhas.