Debruçados do céo... a noite e os astros
Seguiam da peleja o incerto fado...
Era a tocha — o fuzil avermelhado!
Era o circo de Roma — o vasto chão!
Por palmas — o troar da artilharia!
Por feras — os canhões negros rugiam!
Por athletas — dois povos se baliam!
Enorme amphitheatro — era a amplidão!
Não! Não eram dois povos que abalavam Naquelle instante o solo ensanguentado... Era o porvir — em frente do passado, A liberdade — em frente á escravidão. Era a lucta das águias — e do abutre, A revolta do pulso — contra os ferros, O pugilato da razão — com os erros, O duello da treva — e do clarão!...
No emtanto a lucta recrescia indómita... As bandeiras — como águias eriçadas Se abysmavam com as azas desdobradas Na selva escura da fumaça atroz... Tonto de espanto, cego de metralha, O archanjo do triumpho vacillava... E a gloria desgrenhada acalentava O cadáver sangrento dos heróes I,.
Mas, quando a branca estrella matutina Surgiu do espaço... e as brizas forasteiras, No verde leque das gentis palmeiras. Foram cantar os hymnos do arrebol, Lá do campo deserto da batalha Uma voz se elevou clara e divina: Eras tu — liberdade peregrina! Esposa do porvir — noiva do sol!...
Eras tu que com os dedos ensopados No sangue dos avós mortos na guerra. Livre sagravas a Columbia terra. Sagravas livre a nova geração!