E para bem avaliardes a veneração que deveis á bandeira nacional, lêde um expressivo episodio da guerra que sustentámos contra o Governo do Paraguay:
— «Perdemos a bandeira» — eis o brado doloroso que irrompeu nas trevas da noite em que o 30º batalhão de Voluntarios da Patria foi, de surpresa, atacado pelo inimigo nas linhas avançadas de Tuyú-Cué.
— «A morte de todos, ou a bandeira, já!» — brame o Commandante, declarando-se deshonrado, e o batalhão, como um só bomem, resoluto e indomável, parte, de sabre em punbo, persegue o inimigo, alcança-o, lucta com elle corpo a corpo, semeia a morte a cada passo, e volta pouco depois ao acampamento, reduzido á metade, mas trazendo com suas armas e seus feridos o precioso emblema.
E o bravo Commandante, não tendo forças para supportar a intensidade do enthusiasmo pelo heroico feito, que o reha- bilitava, cáe fulminado por um ataque, ao tempo em que a bandeira erguida é saudada com o hymno nacional.
Não basta, entretanto, meus pequenos amigos, que tenhaes gravado no âmago do coração o sentimento da Patria, elle que nasce com o primeiro vagido da existencia, acompanha o desenvolvimento da juventude e só morre com o ultimo suspiro da vida.
Não, não basta: o amor da Patria sem à orientação necessária, sem que vossa consciencia possa criteriosamente avalial-o, poderá desvairar-se, degenerando, muitas vezes, em fanatismo prejudicial e improfícuo.
Para seu cultivo, porém, ha dois grandes e bellos scenarios, intimamente ligados, aos quaes deveis o maior acatamento: — a Familia e a Escóla.