iim óleo excitante — diaphoretico, suspenso em seus suecos como tem o
caju, dando-lhe as prodigiosas virtudes que possue.
Nesse óleo pretende o D′ Cosme que um dia se descobrirá algum alcalóide, que por antecipação denomina — anacardina —, idêntico á — caíeina, cocaina, theobromina etc.
Suggestionando o auditório, elle descreve a actividade que o sueco docaju imprime ao coração, ás funcções digestivas, aos rins, á pelle, inferindo desse conjuncto de eíFeitos as multiplices virtudes dessa fructa em saúde e na moléstia.
Ha realmente no caju qualidades distinctas. Das fructas usadas como auxiliar do tratamento de algumas moléstias, é o caju a mais recommendavel.
Fala-se em cura de uvas, cura de morangos, de laranja, de limão, de
cerejas e também de tâmaras. Bem; serão todas efficazes, não contesto,
mormente a primeira, a cura de uvas; nenhuma, porém, competirá com
a cura por cajus.
Individuos fracos, magros, eczematosos, rheumaticos, diarrheicos, sypbilicos, recolhendo-se no verão a uma das bellas praias de Sergipe, onde os cajueiros, cobertos de cajus amarellos e vermelhos, são extensas florestas, e atirando-se loucamente aos cajus, cujo caldo ingerem, chupando-os ou em cajuada, de lá voltam foi-tes, nutridos, nédios, não parecendo os mesmos que para lá foram.
Do caju se pôde dizer que o próprio abuso é proveitoso...» (*)
O 7namão, também de excellentes eífeitos medicinaes, presta-se, assim como a própria arvore que o produz, a diíferentes usos na vida pratica.
Tomamos ainda, a hem da diffusão dos benéficos eífeitos de tão preciosa fructa, algumas observações do citado D Magalhães:
«...Servem as folhas:
1) Para alvejar a roupa as lavadeiras munem-se de algumas, ou da herva de S*. Caetano para economisarem o sabão;
(*) Jornal do Commercio, do Rio de Janeiro, edição de 6 de Fevereiro de 1903.