Prende-os a mesma corrente
Férrea, lúgubre serpente,
Nas roscas da escravidão,
E assim zombando da morte
Dansa a lúgubre cohorte
Ao som do açoite... Irrisão!
Senhor Deus dos desgraçados, Dizei-me vós, Senhor Deus, Se é mentira... se é verdade Tanto horror perante os céus?! Ó mar, porque não apagas Com a espuma de tuas vagas De teu manto este borrão? Astros! noites! tempestades! Rolae das immensidades! Varrei os mares, tufão!
Os escravos eram considerados da mais inílma classe, e para bem julgardes de sua condição social, bastará relembrar entre as muitas disposições das leis portuguezas a que se subordinava á seguinte rubrica: — «Quando os que
COMPRAM ESCRAVOS OU BESTAS OS PODERÃO ENGEITAR POR DOENÇAS OU MANQUEIRAS» (′).
Tal estado de coisas perdurou até 1831, quando foi abolido o traíico africano por uma lei, que só em 1850 encontrou completa e inteira execução, graças á grande energia e tenacidade do Ministro Euzebio
de Queiroz GoitinllO MattOSO da Euzebio de Quehoz.
Gamara, cujas acertadas" 4:)rovidencias fizeram cessar inteiramente a entrada de escravos no Brazil.
[) Ord. Philippina — Livro 4" lit. 1"