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Mareclial Biiiencourt.

soldado do exercito, que, tomando o passo á S. Ex., tentou desfechar-lhe em pleno peito e a queima roupa uma pistola.

A arma negou fogo por duas vezes, e nessa occasião o Sr. Marechal Carlos Ma~ chado de Bittencourt, Ministro da Guerra,, que se achava ao lado do Sr. Presidente atirou-se contra o soklado com quem travou lucta corporal, procurando desarmal-o.


Acudiram outras pessoas, entre as quaes-Sr. Coronel Luiz Mendes de Moraes chefe da Casa Militar de S. Ex., e algunsdos seus ajudantes de ordens que todos se esforçaram por paralysar as repetidas investidas do soldado.

Travou-se então rápido e teiTÍvel conflicto, do qual sahiram feridos o Sr. Marechal Machado de Bittencourt,, em cinco partes do corpo, e o Sr. Coronel Mendes de Moraes com uma facada no abdómen.

Tão graves foram os ferimentos recebidos pelo Sr. Marechal Bittencourt, que S. Ex. expirou momentos depois em uma das salas do pavimento térreo do Arsenal, para onde fora conduzido.

O Sr. Coronel Moraes, depois de acompanhar o Sr. Presidente até ao portão, onde se achava a carruagem presidencial, foi medicado no Arsenal e logo depois levado em padiola para sua residência.

Emquanto se desenrolava esta scena luctuosa, o Sr. Presidente da. Republica era cercado por algumas pessoas da sua comitiva e por grande numero de cidadãos, que o rodearam para evitar que o assassino lograsseseu intento e fizeram com que S. Ex. se desviasse do local e proseguisse, envolto na massa popular e por entre vivas e acclamações, até ao portão onde embarcou em seu carro e regressou a Palácio sem haver soffrido felizmente o menor desacato physico. Essa circumstancia não permittiu a S. Ex. conhecer o desfecho da lucta, do qual só algum tempo depois, e já em Palácio teve noticia.

Este ignóbil attentado, que não pôde deixar de repercutir dolorosamente em todos os corações bem formados, produziu profunda impressão em toda a Republica.