o meu navalhão sevilhano, decepei um dos galhos. E emquanto Topsius voltava a procurar pelas hervas humidas a cidadella de Cypron e outras pedras de Herodes — eu recolhi ás tendas, em triumpho, com a minha preciosidade. O prazenteiro Potte, sentado n’um sellim, estava moendo café.

— Soberbo galho! gritou elle. Quer-se arranjadinho em corôa... Fica d’uma devoção!

E logo, com a sua rara destreza de mãos, o jocundo homem entrelaçou o galho rude em forma de corôa santa. E tão parecida! tão tocante!...

— Só lhe faltam as pinguinhas de sangue! murmurava eu, enternecido. Jesus! o que a titi se vai babar!

Mas como levariamos para Jerusalem, através dos cerros de Judá, aquelles incommodos espinhos — que, apenas armados na sua fórma Passional, pareciam já avidos de rasgar carne innocente? Para o alegre Potte não havia difficuldades; tirou do fundo do seu provido alforge uma fofa nuvem de algodão em rama; envolveu n’ella delicadamente a Corôa d’Aggravo, como uma joia fragil; depois com uma folha de papel pardo e um nastro escarlate — fez um embrulho redondo, sólido, ligeiro e nitido... E eu, sorrindo, enrolando o cigarro, pensava n’esse