Eliezer de Silo, benefico e sabio entre todos nas coisas da natureza.
Deu-nos duas espigas de milho: e atraz d’elle pisámos com as nossas solas gentilicas o Adro interdicto de Judá.
Caminhando ao meu lado, Eliezer de Silo, cortez e suave, perguntou-me se era remota a minha patria e perigosos os seus caminhos...
Eu rosnei, vaga e recatadamente:
— Sim... Chegamos de Jerichó.
— Boa, por lá, a colheita do balsamo?
— Rica! afiancei, com calor. Louvado seja o Eterno, que n’este seu anno de graça estamos lá abarrotadinhos de balsamo!
Elle pareceu regosijado. E revelou-me então que era um dos Medicos que residem no Templo — onde os Sacerdotes e os Sacrificadores soffrem perennemente «dissabores intestinaes», por pisarem suados e descalços as lages frias dos Adros.
— Por isso, murmurou elle com uma faisca alegre no olho benigno, o povo em Sião nos chama Doutores da Tripa!
Torci-me de riso, de gozo, com aquella jocosidade assim susurrada na austera morada do Eterno... Depois, recordando os meus dissabores intestinaes em Jerichó, por muito amar os divinos e perfidos melões da