escalvado onde se erguem as cruzes. Mais suave me teria sido a fragrancia de Siloeh...

— Fui vêr Jesus, atalhei severamente. Fui vêr Jesus, crucificado esta tarde por mandado do Sanhedrin...

Eliezer, com oriental cortezia, bateu no peito demonstrando mágua. E quiz saber se pertencia ao meu sangue, ou partilhára commigo o pão de alliança, esse Jesus que eu fôra assistir na sua morte d’escravo.

Eu considerei-o, assombrado:

— É o Messias!

E elle considerou-me mais assombrado ainda, com um fio de mel a escorrer-lhe na barba.

Oh raridade! Eliezer, doutor do Templo, Physico do Sanhedrin, não conhecia Jesus de Galilêa! Atarefado com os enfermos que pela Paschoa atulham Jerusalem (confessou elle) não fôra ao Xistus, nem á loja do perfumista Cleos, nem aos eirados de Hannan, onde as novas voam mais numerosas que as pombas: por isso nada ouvira da apparição d’um Messias...

De resto, acrescentou, não podia ser o Messias! Esse deveria chamar-se Manahem «o consolador», porque traria a consolação a Israel. E haveria dois Messias: o primeiro, da tribu de José, seria vencido por Gog;