como uma ameaça, sobre a santa cidade em festa.
Mas para além das muralhas recomeçava a alegria da noite paschal. Havia luzes em Siloeh. Nos acampamentos, sobre o monte das Oliveiras, ardiam fogos claros: e como as portas ficavam abertas, filas de tochas fumegavam pelos caminhos, por entre um rumor de cantares.
Só uma collina, além do Gareb, permanecera em treva. N’essa hora, por baixo d’ella, n’uma ravina entre rochas, alvejavam dois corpos despedaçados, onde os bicos dos abutres com um ruido secco de ferros entrechocados faziam a sua ceia Paschal. Ao menos outro corpo, precioso envolucro d’um espirito perfeito, jazia resguardado n’um tumulo novo, envolto em linho fino, ungido, perfumado de canella e de nardo. Assim o tinham deixado n’essa noite, a mais santa d’Israel, aquelles que o amavam — e que desde então para todo o sempre mais entranhadamente o amariam... Assim o tinham deixado com uma pedra lisa por cima: e agora entre as casas de Jerusalem, cheias de luzes e cheias de cantos — alguma havia, escura e fechada, onde corriam lagrimas sem consolação. Ahi o lar esfriára, apagado: a lampada triste esmorecia sobre o alqueire: na bilha não havia