n’um terror!... Acompanhar o Rabbi! Elle não jazia pois morto, ligado e perfumado, sob uma pedra, n’uma horta do Qareb?... Vivia! Ao nascer da lua, entre os seus amigos, ia partir para Engaddi! Agarrei anciosamente o hombro de Topsius, amparando-me ao seu saber forte e á sua auctoridade...
O meu douto amigo parecia enleado n’uma pesada incerteza:
— Sim, talvez... O nosso coração é forte, mas... Além d’isso não temos armas!
— Vinde commigo! acudiu Gad, ardentemente. Passaremos por casa d’alguem que nos dirá as coisas que convém saber, e que vos dará armas!...
Ainda trémulo, sem me desamparar do sapiente Historiador, ousei balbuciar:
— E Jesus?... Onde está?
— Em casa de José de Ramatha, segredou o Essenio espreitando em roda como o avaro que falla d’um thesouro. Para que nada suspeitasse a gente do Templo, mesmo na presença d’elles depositámos o Rabbi no tumulo novo que está no horto de José. Tres vezes as mulheres choraram sobre a pedra que segundo os ritos, como sabeis, não fechava inteiramente o tumulo, deixando uma larga fenda por onde se via o rosto do Rabbi. Alguns serventes do Templo