a entrada. Um corredor que ressumbrava agua levou-nos a um pateo rodeado por uma varanda, assente sobre rudes vigas de madeira: o chão molle como lodo abafava o rumor das nossas solas.
Gad, tres vezes espaçadas, soltou o grito dos chacaes. Nós esperavamos no meio do pateo, á borda d’um poço, coberto com tábuas: o céo, por cima, guardava a escuridão dura e impenetravel d’um bronze. A um canto, emfim, sob a varanda, um clarão vivo de lampada surgiu — alumiando a barba negra do homem que a trazia e que lançára sobre a cabeça a ponta d’um albornoz pardo de galileu. Mas a luz morreu sob um sôpro forte. E o homem, lentamente, na treva, caminhou para nós.
Gad cortou a desolada mudez:
— Que a paz seja comtigo, irmão! Estamos promptos.
O homem pousou devagar a lampada sobre a tampa do poço, e disse:
— Tudo está consummado.
Gad, estremecendo, gritou:
— O Rabbi?
O homem atirou a mão para abafar o grito do Essenio. Depois, tendo sondado a sombra em redor com olhos inquietos que reluziam como os d’um animal do deserto: