— Esta é a titi, disse-me o snr. Mathias. É necessario gostar muito da titi... É necessario dizer sempre que sim á titi!
Lentamente, a custo, ella baixou o carão chupado e esverdinhado. Eu senti um beijo vago, d’uma frialdade de pedra: e logo a titi recuou, enojada.
— Credo, Vicencia! Que horror! Acho que lhe puzeram azeite no cabello!
Assustado, com o beicinho já a tremer, ergui os olhos para ella, murmurei:
— Sim, titi.
Então o snr. Mathias gabou o meu genio, o meu proposito na liteira, a limpeza com que eu comia a minha sopa á mesa das estalagens.
— Está bem, rosnou a titi seccamente. Era o que faltava, portar-se mal, sabendo o que eu faço por elle... Vá, Vicencia, leve-o lá para dentro... Lave-lhe essa ramella, veja se elle sabe fazer o signal da cruz...
O snr. Mathias deu-me dois beijos repenicados. A Vicencia levou-me para a cozinha.
Á noite vestiram-me o meu fato de velludilho; e a Vicencia, séria, d’avental lavado, trouxe-me pela mão a uma sala em que pendiam cortinas de damasco escarlate,