Era a mesma! Porque collocava novamente o destino junto a mim, no estreito tombadilho do Caimão, este lirio de capella ainda fechado e já murcho? Quem sabe! Talvez para que ao calor do meu desejo elle reverdecesse, désse flôr, e não ficasse para sempre esteril e inutil, tombado aos pés do cadaver de um Deus!... E não vinha agora guardada pela outra Religiosa, rechonchuda e de luneta! A sorte abandonava-m’a indefesa, como a pombinha no êrmo.

Rompeu-me então n’alma a fulgurante esperança d’um amor de monja mais forte que o medo de Deus, d’um seio magoado pela estamenha de penitencia cahindo, todo a tremer e vencido, entre os meus braços valentes!... Decidi segredar-lhe logo alli: «Oh minha irmãsinha, estou todo lamecha por si!» E inflammado, torcendo os bigodes, caminhei para a dôce Religiosa, que se refugiára n’um banco, passando os dedos pallidos pelas contas do seu rosario...

Mas, bruscamente, o taboado do Caimão fugiu sob meus pés ovantes. Estaquei, enfiado. Oh miseria! humilhação! Era a vaga enjoadora... Corri á borda; sujei immundamente o azul do mar de Tyro; depois rolei para o beliche — e só ergui do travesseiro a face mortal quando senti as correntes do