Sacudi o cigarro, seccado. Porque vinha aquelle padre de Torres, contra os costumes domesticos, comer todos os dias o cozido da titi? Resmunguei com auctoridade:
— Lá em Jerusalem os padres e os patriarchas só vêm jantar aos domingos... Faz mais virtude.
Escurecera. A Vicencia accendeu o gaz no corredor: e como breve chegariam os dilectos amigos, avisados pela titi para saudar o Peregrino, recolhi ao meu quarto a enfiar a sobrecasaca preta.
Ahi, considerando ao espelho a face requeimada, sorri gloriosamente e pensei: — «Ah Theodorico, venceste!»
Sim, vencera! Como a titi me tinha acolhido! com que veneração! com que devoção!... — E ia mal, ia mal!... Bem depressa eu sentiria, com o coração suffocado de gozo, as martelladas sobre o seu caixão. E nada podia desalojar-me do testamento da snr.ª D. Patrocinio! Eu tornára-me para ella S. Theodorico! A hedionda velha estava emfim convencida que deixar-me o seu ouro — era como doal-o a Jesus e aos Apostolos e a toda a Santa Madre Egreja!
Mas a porta rangeu — a titi entrou, com o seu antigo chale de Tonkin pelos hombros. E, caso estranho, pareceu-me ser a D.