seria arremessada ao lixo secular de Jerusalem! Sim, nada se poderia interpôr entre a minha justa sofreguidão e a bolsa verde da titi. Nada, a não ser a carne mesma da velha, a sua carcassa rangente, habitada por uma teimosa chamma vital, que se não quizesse extinguir!... Oh fado horrivel! Se a titi, obstinada, renitente, vivesse ainda quando abrissem os cravos do outro anno! E então não me contive. Atirei a alma para as alturas, gritei desesperadamente, em toda a ancia do meu desejo:

— Oh Santa Virgem Maria, faze que ella rebente depressa!

N’esse momento soou a grossa sineta do pateo. E foi-me grato reconhecer, depois da longa separação, as duas badaladas curtas e timidas do nosso modesto Justino: mais grato ainda sentir, logo após, o repique magestoso do dr. Margaride. Immediatamente a titi escancarou a porta do meu quarto, n’uma penosa atarantação:

— Theodorico, filho, ouve! Tem-me estado a lembrar... Parece-me que para destapar a reliquia é melhor esperar até que se vão logo embora o Justino e o Margaride! Ai, eu sou muito amiga d’elles, são pessoas de muita virtude... Mas acho que para uma