busto, depois Luciano conduziu-as para outra salinha interior, onde mandara preparar uma fineza de lunch.

Sobre o linho escarlate e preto da toalha, brilhavam pratos finos de bombons, frutas e guloseimas variadas. A viúva tirou vagarosamente as luvas, sorrindo com sossego para Luciano, que lhe dava o lugar de honra, à cabeceira. Sara, sem esperar por convite, sentou-se, dizendo alto:

- Ui! Tanta coisa!! Para mim bastam as uvas... o que peço é que não se admire se eu comer todas!

Luciano chegou para ela a cestinha das uvas e sentou-se entre as duas senhoras.

Ernestina rescendia a Scherry-blosson e as suas mãos bem tratadas moviam-se vagarosamente acima dos pratos ou do linho escuro da toalha. Por toda ela descia um ar de tranqüilidade e de ventura, fixando em Luciano um olhar calmo, como o de esposa feliz, em Sara um olhar de mãe confiante.

A moça, numa gourmandise notável, ia dando cabo das uvas brancas, falando sempre, enchendo a casa com a sua voz fresca e com os seus risos gorjeados.

Nessa tarde Luciano não saiu; sentou-se preguiçosamente a ler no seu escritório; mas a própria leitura fatigava-o e abandonava de vez em quando o livro, relembrando a graça de Sara, a onda de alegria que ela espalhara por toda a