seguinte: - Vá ter com o Eugênio, prontifique-se a pedir a mão de minha filha, depois....

- Depois?

- Vá à minha casa e consulte a opinião de Sara; elogie o rapaz, que é na verdade digno. Em seguida poderemos declarar-lhe as nossas intenções.

Ernestina falava com uma linguagem estudada, reprimindo os sentimentos, domados por um esforço de vontade que já não podia sustentar.

Contemplaram-se por algum tempo silenciosos. Luciano com espanto. Ernestina com altivez: por fim, ele disse baixo, num tom magoado:

- É impossível!

- Impossível! Por que?! Não tem sido o senhor mesmo a insinuar, a aconselhar, a exigir mesmo, que eu case minha filha?! Além de tudo, ela ama o Eugênio...

- Ah!

- Adora-o!

- Confessou-lhe isso já? perguntou Luciano.

A viúva não teve coragem de sobrecarregar sua impiedosa mentira e, corando um pouco, acrescentou:

- Sei que ela o ama... vive a falar nele a propósito de tudo... basta ouvir-lhe o nome para embaraçar-se... surpreendi-a pedindo á Georgina notícias dele... É natural, são ambos moços... são ambos bonitos...