língua de vacca ou a mostarda e deita-se ao fogo a ferver com pouca água. Isto feito, escôa-se a agua, espreme-se a massa dahi resultante e colloca-se de novo na mesma vasilha com cebola, sal, camarões, pimenta malagueta secca, tudo ralado conjuntamente na pedra e, finalmente, o azeite de cheiro.
Prepara-se também o êfó com peixe assado, ou com garoupa, caso em que esta é cozida á parte.
Ainda mais: como o peixe é assado sem sal, ralam-se os respectivos temperos, em quantidade sufficiente e leva-se tudo ao fogo. O africano empregava ainda a folha de taióba no preparo do êfò.
CARURÚ — Em seu preparo observa-se o mesmo processo do êfò, podendo ser feito de quiabos, mostarda ou de taióba, ou de ôió, ou de filtras gramineas que a isso se prestem, como sejam as folhas dos arbustos conhecidos, nesta capital, por unha de gato bertalia, brêdo de Santo Antônio, Capéba, etc.,[1] ás quaes se addicionam a garoupa, o peixe assado ou a carne de xarque e um pouco d'agua que se não deixa seccar ao fogo. O carurú é ingerido com acassá ou farinha de mandioca.
ÊCURÚ — Preparado o feijão fradinho, como se fez com o acaragé, colloca-se pequena quantidade em folhas de bananeira, á maneira do acassá, e cozinhase em banho-maria, isto é, sobre garavêtos collocados no interior de uma panella com água.
- ↑ Os doentes do figado fazem demorado uso da capeba e do brêdo de Santo Antônio, como legumes, no cosido de carne verde.
A bertalia, preparada com bervas é excedente prato e no cosido substitue admiravelmente a couve.