A cidade e as serras
359

— Eh, Fernandes!

Marizac! O duque de Marizac! Era já o 202... Com que reconhecimento lhe sacudi a mão fina, por elle me ter reconhecido! E, atirando para o canto do vagon um paletó, um masso de jornaes, que o escudeiro lhe passára, o bom Marizac exclamava na mesma surpreza alegre:

— E Jacintho?

Contei Tormes, a serra, o seu primeiro amor pela Natureza, o seu outro grande amor por minha prima, e os dous filhos, que elle trazia escarranchados no pescoço.

— Ah que canalha! exclamou Marizac com os olhos espetados em mim! É capaz de ser feliz!

— Espantosamente, loucamente... Qual! não ha adverbios...

— Indecentemente — murmurou Marizac muito serio. Que canalha!

Eu então desejei saber do nosso rancho familiar do 202. Elle encolheu os hombros, accendendo a cigarette:

— Todo esse mundo circula...

— Madame d’Oriol?

— Continúa.

— Os Trèves? o Ephraim?

— Continuam, todos tres.

Lançou um gesto languido..