XII

 



Assim chegou Setembro, e com ele o meu natalício, que era a 3 e num domingo. Toda essa semana a passara eu em Guiães, nos preparos da vindima, — e de manhã cedo, nesse domingo ilustre, me fui debruçar da varanda do quarto do saudoso tio Afonso, vigiando a estrada, por onde devia aparecer o meu Príncipe, que enfim visitava a casa do seu Zé Fernandes. A tia Vicência, desde a madrugada, andava atarefada pela cozinha e pela copa, porque, desejando mostrar ao meu Príncipe «o pessoal» da serra, convidara para jantar algumas famílias amigas, dos arredores, as que tinham carruagens ou carroções, e podiam, pelas estradas mal seguras, recolher tarde, depois dum bailarico campestre, no pátio, já enfeitado para esse efeito de lanternas chinesas. Mas logo às dez horas me desesperei, ao receber, por um moço da Flor da Malva, uma carta da prima Joaninha, em que dizia «a pena de não

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